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Estou cansada e apetece-me escrever. Escrever sobre saudades, sobre o silêncio das palavras, sobre a distância, sobre hoje ainda ser tão longe de sexta-feira. Ter que guardar, ter que não pensar, ter que não ter a certeza de nada.
Há alturas em que detesto as palavras, fazem-me lembrar o que há de mais triste, de mais enternecedor, de mais humilhante. Fazem-me querer pensar no que não tenho coragem de dizer.

Isto podia esperar, podia ler-me e pensar-me antes de tentar sequer escrever-me.

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