Tempo


Sentei-me no banco do jardim. À minha frente uma mulher curiosa, marcada pelo tempo do tempo que não passa sem quase nada. Mulher simples, com as rugas dos dias, as marcas que falam como o espelho da alma.
Humilde na forma de vestir, rica no olhar.
Trazia uma aliança vincada pelas mãos perfeitas, vincada pela sabedoria de quem pode falar dos dias que passaram. Agarrava a carteira com medo de alguém.
Ia com pressa, talvez de coisa nenhuma.
Falou-me ao ouvido.

2 comentários:

Anónimo disse...

o mais simples é sempre o que mais nos visita quando nao esperamos.

Anónimo disse...

ha uma confiança que se desenrola em nos, basta estar atento