Até Já

A saudade destrói a tristeza, é uma saudade diferente, uma saudade sem desengano. Mas dá um nó na cabeça, faz perguntar tantas vezes porquê. È uma saudade eterna de não termos aqui, nem agora nem mais. Dentro dos braços, dentro dos sorrisos, das memórias e de tudo que criamos.
Mesmo pela distância do tempo continuas com os dias, as horas e tudo o que passou, tudo o que ainda vai ficar aqui… e guardas dentro de ti.
Sabes que o amor rouba corações, faz chorar, faz não querer mais mas voltar a querer outra vez mas é a amizade que encanta, que ajuda a levantar, que faz perceber nos outros o que nós somos.
Acabamos por perceber que não pode ser eterno, que chegamos e já não queremos lá ficar porque a vida, meu querido, corre mais depressa que tu. Só queremos que o tempo passe, que acalme todo o gigante que se instalou cá dentro, queremos voltar atrás uns minutos e não deixar fugir a pessoa que foi sempre nossa. Porquê?
Ninguém mata a saudade de quem já tivemos connosco, mesmo que os dias passem, mesmo que as noites não existam, pode tornar-se mais calmo num recanto qualquer do que sentimos mas não passa, simplesmente porque não apetece esquecer o que de melhor vimos em nós.
Depois perguntamos se realmente merecemos todas as conversas, todos os conselhos, todos os mal entendidos, toda a companhia que não reconhecemos em mais ninguém. Porque o nome da amizade é maior do que o que as palavras podem escrever.
Aprendemos a apaziguar a dor a pensar no que foi, mas volta a magoar porque já não vai poder mais ser!
Não podes nunca ser dono da tua vontade e por vezes a fúria vai ser maior do que tudo, a raiva de não teres quem mais querias, a raiva de já teres tido e de não teres dito só mais uma vez obrigado. Vais fingir sempre que tudo está bem, vais sempre dizer que é isso a verdade da vida, vais de vez em quando deixar que te ajudem mas voltas a esconder-te e a perceber-te sozinho. Vais perceber que ignorar sentimentos não é a formula para que desapareçam, sabe bem quando se tornam a luz de presença que tanto acalma o espírito quando temos a certeza que há monstros debaixo da cama. Mas agora não, já não podemos encontrar no meio da cama dos nossos pais um refúgio inabalável, capaz de fazer superar tudo, de deixar a noite passar tão rápido.
Vais sempre perguntar porque é que há tempo para perder. E vais sempre ter medo de não ter tempo. Mas não decidas se é bom, se é mau. Apenas é. O teu tempo sem muito tempo.
Quando lembrares vão brilhar os olhos, cor de diamante, cor de saudade, cor de querer outra vez. Fica assim sempre, deixa o cantinho especial.
Pretensão? Talvez de mais

6 comentários:

Anónimo disse...

Estava a passear por este caminho tao grande da internet á procura de nada e li o que escreveste.
obrigado

Anónimo disse...

ate sempre

Anónimo disse...

como faço o tempo andar para tras?

Anónimo disse...

pretensão de tentar encontrar as melhores palavras p as piores situaçoes. gostei

Anónimo disse...

quem nao esta ca ensina-nos a viver

Anónimo disse...

um breve ate ja...