Deixa-me ser.
É bom, é grande, preenche… tira e dá. Como me fazes isto? Como me deixas sentir-me pequena do teu lado, querer-te mais do que ontem e sempre com a força de hoje?
Procuro-te, procuro-nos e vejo-te hoje mais do que nunca. Sobreponho o que sinto ao que preciso fugir de ti.
O que sonho quando te olho, quando te penso, quando nada mais me deixa estar assim… quando estás em mim, quando estou em ti.
Não podes nunca imaginar o que digo, perder-me em ti? “Dói. Sem ficar magoado”

Apanhas-me sempre, por muito longe, por muito perto, por muito difícil. Tudo em ti és tu, e não sei onde fico.


Deixa-me falar-te de momentos, de quando a noite me deixa pensar, quando deixa que toda a sua escuridão tome conta do que pensava ter tão dentro daquilo que não mostro a ninguém. Sussurras-me sentimentos, pensamentos que me acordam, que me agitam, que me fazem querer mais, que me deixam sem ver… sem querer saber!
Inocência, pureza e eu quero que te deites em mim, com a certeza que sempre te compreendo, que te desiludo, que te faço sorrir, que te quero, que preciso, que nos vejo sempre no meu pequeno mundo.

Tens nessa tua eternidade a ingenuidade do amor puro, de acreditar que o que não se explica é maravilhoso, de acreditar que somos nós porque sim, simplesmente porque sim. Porque é químico, porque é natural mas sabes, confunde, tira o sono e tem demasiadas perguntas. Faz pôr as mãos na cabeça e não querer saber o que vem a seguir
És irresistível, roubam-te o sorriso e voltas a encontrá-lo, dás-me o meu quando não tenho a certeza se já desapareceu. Somos raros, nunca tive tanto com tão pouco, como se o mundo coubesse, de facto, nas nossas mãos. Temos vontade de nós, vontade de segundos que desaparecem.

Tenho vontade de ti. Tenho vontade nossa.

Que palavras são estas?, escrevo na mais maravilhosa calma como se a minha respiração dependesse disto, como se soubesse que vais ler e ficar entregue ao que te pertence, ao que não tem fim, ao que a manhã te mostra como sendo um dia que nunca se apaga. Estou melhor quando estás à minha volta, segredos que ninguém vai encontrar. Não somos nunca um só que se perde nas inevitabilidades da vida, somos dois, o mais perfeito conjunto de uma sintonia tão estranha para quem não conhece os nossos (des)encontros, para quem não conhece a língua que falamos, as vozes que ouvimos que são tão nossas, para quem não conhece o meu sorriso escondido atrás de um ecran e as minhas lágrimas quando não quero ver que me reconheces, que sabes e que me atiras para o esforço de uma vida tão mostrada por ti sem que a enfrentes como me obrigas a fazê-lo. Não me pertences, não quero ter-te. Quero ver-te, sentir-te, quero sempre esta simplicidade, esta magia que nos deixa ser o que quisermos. Quero que me tires a respiração, o sono, que me roubes sorrisos e me leves até nós, sempre que quisermos. Quero-te livre da obrigação, livre do que pode não ser o mais certo, livre de todos os momentos que não pedem nada a não ser desejo, cumplicidade e sorrisos.
Amizade de tudo o que ultrapassa limites, amor daquilo que não é normal, cumplicidade só porque sim.

Crescemos, vivemos e mesmo assim conheço-te em mim como se nunca tivesses saído daqui com a pressa de um desprendido.

Vou sempre ter-te aqui, abraçado, aninhado.

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